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Ano 2 • n. 4 • jul/dez. • 2012
YuriAraújodeMatosdeSouza
univitelinos e possui uma curiosa incidência de 10% de gêmeos
univitelinos, ou seja, a cada dez nascimentos um é de gêmeos.
ESCLARECIMENTOS SOBRE A IMPOSSIBILIDADE
DE DIFERENCIAÇÃO GENÉTICA DE GÊMEOS
UNIVITELINOS
Uma gestação nem sempre dá origem a um único ser. Às vezes,
dois ou mais seres se desenvolvem ao mesmo tempo no útero da
mãe: os gêmeos. Os motivos que levam ao surgimento de dois ou
mais indivíduos, na mesma gestação, são diferentes. Em algumas
ocasiões, por fatores ainda desconhecidos pela ciência, um único
zigoto parte-se em dois (ou mais), dando origem a embriões (em
processo chamado poliembrionia) que, por sua vez, formarão dois (ou
mais) seres do mesmo sexo e geneticamente idênticos. Em outras,
ocorrem duas ou mais fertilizações de óvulos diferentes, dando origem
a seres que poderão, ou não, vir a serem do mesmo sexo, mas que,
certamente, possuirão códigos genéticos diferentes.
As geneticistas Borges-Osório e Robinson (2002) explicam que
existem dois tipos de gêmeos: os monozigóticos (também chamados
de univitelinos ou idênticos), que são geneticamente iguais, visto
que se originam de um só zigoto (ou célula-ovo), que é formado pela
fecundação de um óvulo (gameta feminino) por um espermatozoide
(gameta masculino); e os dizigóticos (também chamados de
bivitelinos ou fraternos), que se originam de dois - ou mais - óvulos
fecundados por dois – ou mais, respectivamente - espermatozóides.
Os gêmeos monozigóticos são do mesmo sexo e possuem genes
idênticos. Conforme as citadas geneticistas, cada pessoa possui um
código genético único – exclusivo, distinto -, com exceção dos gêmeos
monozigóticos, que apresentam as mesmas “impressões digitais do
DNA”.
Marcelo Garcia (2005), citando o geneticista Francisco Mauro
Salzano, menciona que
esses gêmeos são formados a partir da divisão da mesma
célula-ovo e possuem DNA idêntico [...] e apesar carregarem o