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parecer para favorável. A Lei seria votada no dia seguinte. Eu estava dentro

de uma agência bancária, quando a ministra Gleisi Hoffman me ligou para

dar a notícia da aprovação por unanimidade. O guarda daquela agência me

disse que eu não podia atender ao telefone e eu disse que estava falando

com a ministra... Eu ria e eu chorava de emoção... A partir dali a Lei seguiu

para a sanção da Presidência da República.

Qual mensagem você quer deixar para as famílias e para os

educadores que atendem crianças e adolescentes com autismo?

Para as famílias, eu digo que prestem bastante atenção no autista. Mas

não somente com os olhos, mas com a alma e com o coração. Se fizermos

umpouco de silêncio perto do dele, poderemos percebê-lo melhor. Ele tem

essa capacidade de passar coisas boas. E o professor é uma extensão dessa

família. A pessoa autista não sabe dizer que “saí da minha casa e estou indo

à escola”. O professor precisa entender isso e dizer isso por ele. Se esse

professor tratar essa criança com muito carinho e muito amor e fizer um

silêncio interior para sentir o que ela precisa, certamente ele vai sentir. Aí

nós temos grandes chances de dar certo, aí funciona.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei nº 12.764, Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos

da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista; e altera o § 3o do art. 98 da

Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990.

Presidência da República. Casa

Civil, Subchefia Para Assuntos Jurídicos.

Disponível em

http://www.

planalto.gov.br/ccivil. Acesso em 02/02/13.

CUNHA. Eugênio.

Autismo e inclusão:

psicopedagogia e práticas

educativas na escola e na família. 4ed. Rio de Janeiro: WAK, 2012.