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pelo Fantástico e a personagem da novela para evidenciar o tema.
Além disso, Berenice Piana está aqui conosco. Falem um pouco do
grupo de estudo dos professores. Existe um grupo de familiares que
se reúne na Facnec, que é ummovimento de suporte aos pais, liderado
pela Berenice, mas existe um grupo de estudos de vocês. Falem um
pouco sobre esse grupo.
Brisda: Esse grupo existiu há muitos anos. Houve uma necessidade de
voltar com ele. Então, estamos fazendo reuniões todas às segundas-feiras
para estudar. Partiu também das necessidades dos professores. Por quê?
Porque havia muitas coisas que a gente precisava discutir e aprender.
Mas vocês estudam a teoria e a pratica?
Brisda: Sim. O movimento foi muito legal, porque fazíamos muitas
coisas, mas precisávamos ter uma base teórica para garantir a prática.
Rejane: O movimento foi da prática para a teoria. Na minha prática eu
tinha coisas que precisava saber mais.
Brisda: Então, nesses estudos feitos sobre o autismo, sobre outras
necessidades especiais e sobre coisas que precisávamos saber no dia a
dia, nós fizemos um movimento em sala de aula também. Passamos essa
gestão para a sala de aula, filmamos as aulas, conversamos sobre as aulas,
antes já havíamos conversado que seriam filmadas as aulas, mas com o
intuito de adaptar uma prática para ter um respaldo teórico para embasar
aquilo é preciso fazer. No grupo, fomos avaliando e conversando sobre
cada caminho daquele planejamento, o que poderia ser diferente, o que
poderíamos melhorar. É o que vamos continuar nesse segundo semestre.
Rejane: E cada aluno que chega estimula cada professora a estudar
mais, vira uma preocupação do grupo e, querendo ou não, uma criança
com uma necessidade especial demanda cuidados. São coisas que não
aprendemos na faculdade e temos que estudar para saber como funciona.
Brisda: Há uma coisa que hoje é diferente também: antes, quando
recebíamos essas crianças, dava certo desespero. Hoje, não. Sempre tem
alguémque já passou por isso para trocar experiências. Nós nos preparamos
para esses alunos e as outras crianças ganham muito. Então, essa
preocupação que temos com um aluno autista ou com outras necessidades
faz com que olhemos da mesma forma para as outras crianças.