

50
6. O IMPACTO DA NOVA TECNOLOGIA NO
MUNDO CIENTIFICO
Cientistas do mundo todo estão usando a tecnologia de iPSC para
investigar estágios iniciais do desenvolvimento neural humano e para
modelagemdedoençasneurológicas.Atéentão, essatecnologiamostrou-se
restrita para doenças monogenéticas, revelando uma nova metodologia de
trabalho para elucidar novas vias moleculares responsáveis por patologias
humanas. Amodelagemde doenças comsintomas tardios, comoAlzheimer,
oumesmo psiquiátricas, como no Autismo, vai precisar de fatores adicionais
para que o sistema seja desafiado e revele fenótipos celulares relevantes.
O potencial da reprogramação celular parece estar mesmo limitado pela
capacidade criativa humana e princípios éticos definidos pela sociedade.
Neurocientistas do passado não poderiam imaginar um cenário como esse,
onde infinitas células nervosas de pacientes vivos pudessem ser geradas
constantemente e estudadas em laboratórios do mundo todo. Por outro
lado, pesquisadores do futuro não conseguirão imaginar a ciência sem uma
ferramenta como essa. Quem viver verá.
REFERÊNCIAS
BRUNT, P.W. &MCKUSICK, V.A.
Familial dysautonomia. A report of genetic
and clinical studies, with a review of the literature.
Medicine (Baltimore)
49
, 343-374, 1970.
DIMOS, J.T.,
et al.
Induced pluripotent stem cells generated from
patients with ALS can be differentiated into motor neurons.
Science
321, 1218-1221, 2008.
EBERT, A.D.,
et al.
Induced pluripotent stem cells from a spinal muscular
atrophy patient.
Nature 457, 277-280, 2009.
HOCKEMEYER, D.,
et al.
Efficient targeting of expressed and silent genes
in human ESCs and iPSCs using zinc-finger nucleases.
Nat Biotechnol
27
,
851-857, 2009.
LEE, G.,
et al.
Modelling pathogenesis and treatment of familial
dysautonomia using patient-specific
iPSCs. Nature
461
, 402-406, 2009.
LORSON, C.L.,
et al.
SMN
oligomerization defect correlates with spinal
muscular atrophy severity.
Nat Genet
19
, 63-66, 1998.