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O consumo de produtos orgânicos também é sugerido para
autistas. Editorial publicado em 2012 no periódico Environmental Health
Perspectives
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coloca os pesticidas organoclorinados e organofosforados
em uma lista de dez substâncias químicas presentes no meio ambiente
suspeitas de compremeter o adequado desenvolvimento cerebral. Estudo
bastante recente realizadopor pesquisadores daUniversidadeda California-
Davis verificou que filhos de mães expostas a pesticidas durante a gestação
apresentam maior risco de desenvolver autismo
3
. O estudo avaliou mães
residindo em locais próximos (até 1,7 km) a aplicações comerciais de
pesticidas. Quanto mais perto, maior o risco.
Os benefícios gerais do consumo de orgânicos ganharam ainda mais
suporte com os dados publicados em julho de 2014 no prestigioso British
Journal of Nutrition
4
. Cientistas da Universidade de Newcastle na Inglaterra
revisaram 343 estudos já realizados sobre características nutricionais
de alimentos orgânicos e concluíram que os orgânicos contém mais
antioxidantes e menos resíduos de pesticidas e de metais pesados em
relação aos produtos convencionais.
As vantagens dos orgânicos podem ser agrupadas em três
características principais: Orgânicos são mais nutritivos, orgânicos não
contém substâncias tóxicas à nossa saúde (mais saudáveis) e orgânicos são
melhores para o planeta.
1. MAIS NUTRITIVOS
Em 2007, cientistas da Universidade da California – Davis constataram
que tomates de cultivos orgânico possuiam quase o dobro de um
importantíssimo antioxidante, a quercetina
5
. Cientistas espanhóis em
2008 documentaram que laranjas de cultivo orgânico apresentavam maior
riqueza de minerais , antioxidantes e possuiammelhor qualidade sensorial.
Os níveis de carotenóides, substâncias reconhecidamente saudáveis, foram
40% maiores em laranjas orgânicas. O estudo foi publicado no importante
Journal of the Science of Food and Agriculture
6
. Pesquisadores do
Ministério da Agricultura dos E.U.A (USDA), em estudo publicado em 2009
no Journal of Agricultural and Food Chemistry
7,
concluíram que “é tentador
especular que, com a agricultura moderna, nós estamos limitando, pelo
menos de alguma forma, a produção de compostos promotores de saúde
em nossas dietas, que poderiam estar presentes em níveis mais elevados