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et al., 2005). Esse tipo de modelagem une o

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celular genético

humano e a manipulação de um organismo animal, permitindo o estudo

das consequências de alterações ambientais em neurônios humanos.

4. TRIAGEM DE DROGAS EM NEURÔNIOS

HUMANOS TORNA-SE REALIDADE

No passado, a seleção de drogas candidatas era feitas em linhagens

de células humanas e representaram um grande avanço para a medicina.

Um exemplo foi o desenvolvimento da vacina contra pólio, originalmente

concebida

in vitro

, usando a linhagem de células HeLa (Syverton et al.,

1954). As iPSC derivadas de pacientes podem oferecer uma vantagem

bem maior ao modelo tradicional de linhagens celulares transformadas

uma vez que leva em consideração o genoma original do doador, além da

capacidade de diferenciação no tipo específico de célula afetada durante o

exato momento do desenvolvimento.

Um dos grandes benefícios da reprogramação celular é a possibilidade

de estudar estágios do desenvolvimento de células precursoras neurais,

antes da completa maturação em um neurônio funcional. Células

precursoras neurais podem se especializar tanto em neurônios como em

glia. Essas populações podem ainda se dividir em subtipos específicos de

neurônios, por exemplo, gerando diversos de tipos celulares responsáveis

pelo desenvolvimento e formação do cérebro (Muotri and Gage, 2006). É

bem provável que algumas doenças apenas afetem um subtipo específico

de neurônio e que tenha origem ainda na fase precursora. Nesses casos,

as intervenções terapêuticas devem acontecer no estágio exato do

desenvolvimento. Alémdessas vantagens, as iPSC oferecema oportunidade

única de se testar drogas diretamente em redes neurais humanas, algo que

era dificilmente imaginado a alguns anos atrás.

A observação de fenótipos celulares durante a triagem de drogas

pode se beneficiar imensamente das técnicas de neurociência que já

estão estabelecidas. A análise de células individualizadas pode ser feita

através de medidas morfométricas, arborização neuronal, polaridade,

densidade de espinhos neuronais ou tempo de maturação. Da mesma

forma, eletrofisiologia pode ser utilizada para demonstrar a comunicação

entre duas células. Efeitos não-autônomos, como a influência de astrócitos,

podem também ser estudados apos a diferenciação das iPSC e co-cultura