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Cabe às famílias entender melhor esses sujeitos, entendê-los na plenitude

de suas particularidade, adentrar nesse mundo exótico e fazer contato

com a essência do outro. Uma mente que opera de outra maneira precisa

ser respeitada em seus limites. Respeitar as diferenças para se chegar a

um resultado satisfatório. É a busca de um equilíbrio entre as formas de

interação, para que a criança seja mais segura de si ao lidar com o seu

entorno, para tornar-se efetivamente parte dele, e não à parte do mesmo.

Aumentar a confiança, a motivação, a compreensão, a flexibilidade (do

profissional e da criança), o nível de interação e a responsividade, para

talhar os rumos das vidas dessas “mentes especiais”. Traduzir os significados

dos nossos significados para esse mundo certamente não é uma tarefa fácil,

mas é imprescindível para se pensar em um futuro mais digno para essas

crianças.

Não existe apenas uma forma de se trabalhar com autistas, assim como

não há uma só maneira de se ser autista. Há, sim, diversos métodos que

são mais eficazes, ou menos, dependendo de cada caso. Na atualidade,

os mais difundidos são o PECS, o DIR-Floortime, o ABA, o TEACCH, o Son-

rise, mas há outros, e ferramentas para esse trabalho não faltam, o que é

necessário é ter sensibilidade para entender como se deve lidar com cada

caso, para não ignorar as necessidades de cada ser humano, para se chegar

ao êxito rompimento dos entraves que afetam o desenvolvimento e levar

o indivíduo a uma vida mais sadia em sua convivência social, e ao pleno

alcance de suas potencialidades.

Novas pesquisas certamente apontarão outros caminhos a seguir,

ainda se conhece relativamente pouco, mas a atuação dos profissionais da

estimulação precoce deve ser valorizada, pois é uma esperança concreta

para famílias que buscamomelhor para os seus filhos. Se não podemoperar

milagres, podem ajudar uma criança a sorrir para a vida, e a formar sujeitos

capazes também de contribuir para a humanidade. Para isso é preciso

também que as famílias abandonem o medo e o preconceito e sejam o

amparo de que eles tanto necessitam. O primeiro passo é aprender a ver.

REFERÊNCIAS

ALESSANDRI, Michael; CURATOLO, Paolo; MINTZ, Mark.

Abordagens

Terapêuticas para os Transtornos do Espectro Autista.

In: RAPIN,

Isabelle; TUCHMAN, Roberto. Autismo: abordagem neurobiológica. Porto

Alegre: Artmed, 2009, p. 301.