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e necessidades. O mundo inteiro funciona de outra maneira, e esse

aprendizado pode tornar-se falho se não houver o amparo necessário para

o crescimento de todos nós, muito menos para esses intelectos “especiais”.

E a mediação escolar é um suporte importante para o desenvolvimento

desses indivíduos. O objetivo dela é “ensinar a criança com sintomas do

espectro autístico como participar das atividades sociais, como se relacionar

com crianças da sua idade e o que se espera dela em cada situação.”

55

O

mediador escolar é, portanto, uma figura importante para a inclusão do

autista na escola, torná-lo menos “estranho” a um mundo que não lhe é

familiar. Inseri-lo numa realidade pouco afável aos seus sentidos peculiares

é umdesafio que“como omediador escolar tema possibilidade de observar

detalhadamente o comportamento da criança, ele percebe detalhes que

seriam perdidos por um professor encarregado por um grupo.”

66

Mas o mediador escolar é apenas uma das peças-chave para ajudar

a construir esse universo à parte que é a mente do indivíduo portador

de autismo. A consonância com outros profissionais complementará o

trabalho desse profissional, para que ele aconteça dentro do que se espera,

como no trecho a seguir:

Os melhores tipos de intervenções para TEAs são elaborados com a intenção

de alcançar estes dois objetivos: (1) ajudar os indivíduos com esse transtorno

a adquirir habilidades funcionais e a concretizar seu potencial adequado; e (2)

reduzir a rede de comportamentos mal-adaptativos que podem interferir no

funcionamento adaptativo.

7

Essa citação menciona e reforça, portanto, a necessidade de se facilitar

os vínculos sociais para essas crianças. Auxiliar o sujeito na estruturação

do seu próprio eu é uma tarefa de rara beleza, mas que pode arrefecer os

ânimos diante de tentativas frustradas. Além de competência, é preciso

ser forte frente aos reveses que essa atuação pode ter. Mas a ciência vem

ajudando continuamente para que esse trabalho se realize da forma mais

satisfatória possível. Uma esperança para os que nasceram com essa

desvantagem em relação aos demais é o diagnóstico chamado M-CHAT. O

diferencial é que ele pode ser aplicado em crianças a partir dos 18 meses

de vida, ao contrário de outros, que só são úteis a partir dos três anos de

5

GIKOVATE, Carla; MOUSINHO, Renata. Espectro Autístico e suas implicações educacionais. Disponível em <

http://www.

carlagikovate.com.br/index_arquivos/Page352.htm> Acesso em: março de 2011

6

idem

7

ALESSANDRI, Michael; CURATOLO, Paolo; MINTZ, Mark. Abordagens Terapêuticas para os Transtornos do Espectro Autista. In:

RAPIN, Isabelle;TUCHMAN, Roberto. Autismo: abordagem neurobiológica. Porto Alegre: Artmed, 2009, p. 301.