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esteja na origem desse quadro, é mais do que evidente que a intervenção

positiva e o apoio familiar são suportes primordiais para o crescimento

desses indivíduos em suas capacidades.

Os conceitos mudaram ao longo dos anos, e a maior clareza que se teve

a partir dos estudos facilitou o tratamento e trouxe melhores resultados.

Sabe-se que pode ocorrer uma movimentação dentro do próprio espectro,

por meio das intervenções terapêuticas, onde esses indivíduos têm o apoio

para melhorar suas habilidades e comportamentos.

Embora ainda não se tenham claras as causas, o trabalho para melhorar

as condições desses sujeitos, especialmente na primeira infância, permite

umaprimoramentodas suas aptidões, tornando-osmais integrados aomeio

social e dando-lhes maior maleabilidade para enfrentar a vida. Certamente

a cura, se é que ela existe, está sendo pesquisada, mas é inegável o avanço

que os tratamentos vêm tendo nos últimos anos. Mesmo que não sejam os

filhos perfeitos que os pais esperam, autistas têm tido a oportunidade de

mostrar as suas capacidades, em muitos casos em função da sensibilidade

e do engajamento das famílias em ajudar nesse desenvolvimento, mesmo

que essa consciência não se aplique, infelizmente, a todos. Alguns preferem

negar que há algo diferente, tornando o tratamento tardio e com resultados

aquém daqueles que poderiam ser obtidos com uma intervenção precoce.

Para isso o diagnóstico torna-se o primeiro passo fundamental. Só a

partir dele se pode buscar respostas que levem a uma solução. A tarefa de

umestimulador épor vezesumcompromissoárduocomodesenvolvimento

do indivíduo e com a esperança das famílias. A estimulação precoce traz

benefícios que a tornam imprescindível para que essas mentes “diferentes”

se manifestem de forma mais saudável, mais integradas ao mundo que as

rodeia, para afirmar sua condição de cidadãos do meio em que vivem. A

estimulação precoce tem por objetivo:

[...] promover o desenvolvimento global da criança aproximando-o ao máximo

do normal, ou mesmo favorecendo a manutenção e aprimoramento das funções

existentes, prevenindo vícios posturais patológicos e sempre primando pela

independência, recuperação ou adaptação.

3

Em suma, a estimulação precoce visa colocar a criança em condições

de ter uma vida mais apropriada para as necessidades de ummundo pouco

3

BRASIL. Diretrizes Educacionais sobre estimulação precoce: o portador de necessidades educativas especiais. MEC: Secretaria de

Educação Especial, 1995