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um dos flhos da dona Ana e do seu Valmor que atendia no balcão
entregando aqueles pedaços enormes de bolo de chocolate. Hoje
ele continua no balcão, mas como proprietário da Pizzaria À Lenha.
Vivíamos os anos 90 e a FACOS passava por um período
muito bom com novos cursos e novos prédios. As salas já não eram
mais do Colégio Marquês e já se podia caminhar pelos corredores
da Faculdade e participar de eventos no auditório, tempos de novas
conquistas.
Nesse período, no Curso de História tínhamos o jornal “A
História Fazendo História” e lembro que a professora Dione no
seu discurso de lançamento do jornal denominou de um “inédito
viável” citando Paulo Freire. Eram tempos, também, das saídas a
campo no Uruguai (Colônia do Sacramento) e nas Missões. Ana
Inês coordenava o curso, muito preocupada com as demandas
dos alunos e lembro de uma reunião em que ela saiu muito feliz
porque as demandas não eram mais por espelhos no banheiro
feminino. Dizia ela:”Gente, nossos alunos estão crescendo muito,
estão mais refexivos” e, claro, quando o Paulinho fez aquele
discurso de formatura citando milhões de autores progressistas, aí
a Ana colocou parte do discurso na abertura da página da História
e consolidou o lugar de politizados para os alunos da História.
Realmente, o discurso era muito bonito.
A memória é como uma teia, um fo puxa outro e, assim, na
trama nasce o texto. Lembrando do discurso do Paulinho lembrei do
projeto Trocando Ideias, que rendeu a Revista da Letícia, o teatro
que a Nilza, o Paulinho, o Fernando, o Athos, a Viviane, a Bel e a
Goreti organizaram transformando a história dos Açores em poesia;
o programa na Rádio da Carla, Flávia, Lenisa, Marizete e a Vera
Rejane; as ofcinas nas escolas de Capão, que a turma da História
planejou e executou. Um sucesso total que rendeu alguns e-mails
que guardo até hoje. Quase ia esquecendo o livro que a Cátia, a
Kathana e a Claudete fzeram com alunos das escolas públicas.
Foram muitas trocas que os alunos realizaram com as escolas do
Litoral, evidenciando a aproximação da FACOS com as escolas, o
que também era percebido em outros cursos.
E a emoção quando o Jerri, aluno da História, lançou um
livro. Era algo muito importante para o curso. Depois tivemos outros
e, recentemente, o Rodrigo, com lançamentos, inclusive, fora do
Brasil.