Quinta-feira, 08 de Setembro de 2011

O ensino de valores na escola (08 09)Quando se mudou para Curi­tiba, Beatriz Carcavallo, 42 anos, decidiu matricular os dois filhos em uma escola de classe média alta, considerada exigente e competitiva. No momento em que as notas do filho mais velho, hoje com 13 anos, começaram a cair, Beatriz achou que fosse normal. Só depois que o adolescente pas­­sou a se consultar como uma psicopedagoga e com uma psicóloga, como sugestão da própria escola, é que a mãe percebeu que muita coisa estava errada. Quando me foi dado o laudo, fiquei espantada. As crianças tiravam sarro dele na sala. Meu filho teve cinco camisetas picotadas com tesoura por colegas na sala. E o colégio nunca tomou uma atitude, afirma.

Embora já conhecesse algumas das situações vividas pelo filho, Beatriz conta que não havia notado a proporção do problema e preferiu mudar o adolescente para a escola Sagrado Coração de Jesus. Hoje ela considera que tão importante quanto o sucesso acadêmico é encontrar uma escola que trabalhe com valores. Hoje meus dois filhos adoram o colégio em que estudam. Eles estão mais felizes e o rendimento melhorou. Há algum tempo, perguntei se eles queriam voltar para a antiga escola e nenhum dos dois quis, diz.

Beatriz não está sozinha. Muitas escolas e muitos pais esperam que os estudantes aprendam no colégio o comportamento adequado em relação a outras crianças e a outros adultos. Para eles, isso é quase tão importante quanto aprender bem matemática ou português. Existe uma imensa influência da escola no desenvolvimento moral e ético dos alunos, porque a criança tende a se projetar muito nos professores e nos próprios colegas. Há uma visão errada de que o ensino é papel da escola e a educação é papel da família. O pai que fica satisfeito apenas pelo fato de o filho passar no vestibular não sabe o real sentido da educação, afirma o professor João Malheiro, doutor em Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

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fonte: http:www.gazetadopovo.com.br/ensino/