Quarta-feira, 10 de Novembro de 2010

Enem ajuda mas não é tudo O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) cria nos estudantes a ilusão de democratização do acesso ao ensino superior. A afirmação é do ex-presidente do Inep (instituto do Ministério da Educação responsável pelo Enem) Otaviano Augusto Helene, que assumiu o cargo em 2003, no início do governo Lula.

Ao transformar a prova em algo similar ao vestibular, há benefício para os alunos - eles podem disputar vaga em universidades públicas sem ter gastos com viagens e hospedagem. Entretanto, a vantagem é dada pela metade, afirma o professor. - O benefício é apenas parcial, porque as universidades onde a concorrência é alta não usam o Enem totalmente. O candidato vai ter que continuar viajando para todos os lugares onde estão as instituições, para fazer o vestibular. O Enem simplifica, mas não de todo.

Instituições tradicionais como Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e UFBA (Universidade Federal da Bahia) não abrem todas as suas vagas pelo Enem. A Universidade Federal do Paraná, por exemplo, abre somente 10% das chances pelo exame. Os alunos acabam sendo levados a crer que conseguirão ingressar em cursos de alto nível, quando muitas vezes as carreiras são recém-criadas, pequenas ou de baixa procura, diz ele.

Para Helene, a forma como o Enem está sendo divulgado pelo governo federal dá interpretação errada à sua função, que deveria ser a de analisar o desempenho dos alunos de ensino médio. Uma análise similar é feita por Maria Helena Guimarães de Castro, também é ex-presidente do Inep.

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fonte: http:noticias.r7.com/vestibular-e-concursos/noticias