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A CNEC me convenceu de que o grande compromisso da vida é com o próximo.”
Professor Felipe Tiago Gomes
Aniversariantes
(
Setembro/Outubro)
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Maria da Guia Lima Cruz (DF)
Luiz Fernando Coelho de Souza (RS)
Antônio Carlos Morett Silva (RJ)
Alexandre José dos Santos (RJ)
Francisca Arruda Ramalho (PB)
Prof.ª Marília Soares (SC)
Cândido Elpídio de Souza Vaccarezza (DF)
Luis Alberto Machado (RS)
Jorge Nilo Fonseca Coutinho (RS)
Júlio César de Souza Baltharejo (RJ)
Professor Tarcísio Tomazoni
Eduardo Henrique da Fonte de Albuquerque Silva (PE)
Edson Sidney de Ávila Júnior (RS)
Neyardo Lourival Abreu Cavalcanti (CE)
José Carlos Dutra (RJ)
Associada da CNEC
Associado da CNEC
Associado da CNEC
Diretor Presidente da CNEC
Coordenadora UDR SEDE
Dir. Inst. Cenecista Fayal de Ensino Superior - IFES
Associado da CNEC
Associado da CNEC
Associado da CNEC
Diretor Conselheiro
Superintendente da CNEC
Associado da CNEC
Coordenador UDR do Rio Grande do Sul
Associado da CNEC
Associado da CNEC
educador que se permite ser ponte de
mediação.
Não são, por outro lado, umavanço
da velha lousa, do quadro-negro
(
ainda existem?), do quadro verde
ou azul, do giz branco e multicolor,
dos clássicos esquadros, compassos
e transferidores de madeira que se
utilizavam com o bom giz e, hoje, com
um toque de modernidade, do quadro
branco e dos pincéis coloridos.
A lousa digital não é simplesmente
uma substituição da tradicional lousa,
nem do computador, ainda que este
seja um tímido
UCA
.
Eles podem
representar, por sua implementação
em sala de aula, uma concessão
à sociedade da informação que,
eventualmente, do fundo do coração,
gostaríamos de rejeitar, porque
representa o incômodo do novo, do
contemporâneo, do
up to date
em
educação de uma razão digital (não
seria randômica?) que não ousaria
confessar seu viés de assalto ou
destruição de um humanismo que
sobrevive nas escolas por conta de
valorosos defensores do humano em
suas práticas pedagógicas envoltas
no manto de um humanismo ufanista,
que também não ousa confessar seu
tardio fenecer, porque não incluiu esse
Novo Renascimento.
A lousa digital é um formidável
suporte para as mediações que se
buscam em sala de aula, tanto quanto
os computadores e o uso de algumas
linguagensdefácilacessopelosnossos
educadores, sem que tenham de se
transformar em programadores de
softwares
ou
experts
em computação.
Falamos de aula interativa, em
conhecimento
construído
pelo
exercício da liberdade de nossos
alunos, com uma prática dialógica
em sala de aula, abandonando o
monólogo monotônico que não mais
tem direito de cidade no cotidiano de
nossos alunos.
Por outro lado, negligenciamos a
importância das
NTIC
s para cumprir
bem o nosso papel de educadores
como pontes de mediação, na medida
exata em que acreditamos que uma
lousadigital sópode ser bem-vindaem
nossa sala por apresentar sofisticados
recursos (inclusive com projeção 3D,
imaginem!) auxiliando-nos em nossas
exposições incompreensíveis, agora
em 3D.
Esquecemo-nos, noentanto, deque
uma lousa digital, atrelada a alguns
computadores, ainda que sejam os
UCA
s, com o uso de fáceis linguagens
de programação, acessíveis aos mais
novos alunos com os quais lidamos
no Ensino Fundamental e — por que
não? — na Pré-Escola, como o
LOGO
3
D
,
o
SQUEAK ETOYS
e tantas
outras, muitas outras, disponíveis,
livremente, para uso de quantos ainda
se importam com uma abordagem
de construção do conhecimento, a
partir da liberdade dos alunos de
criar, de construir, de acertar, de errar,
orientados por seu professor podem
introduzir o novo em sala.
Uma lousa digital e alguns
computadores em ambiente de
aprendizagem, com f oco na
interatividade de alunos e de
professor, com o exercício de
manipulação de algumas linguagens
que eventualmente escaparam e ainda
nos escapam, em nosso processo
de formação como professores,
certamente poderão, ao contrário
do que pensa um frágil humanismo,
estabelecer, dentro da sala de
aula, um diálogo gostoso, proativo,
divertido, lúdico, prazeroso, atraente
que, por certo, substituirá, pela força
mesma das coisas, o cansativo
monólogo monotônico de nossas
aulas que, a cada dia que passa, deixa
de atrair cada vez mais os corações e
as mentes daqueles que, por conta
do nosso ofício de mestres, devemos
comover a fim de que a educação flua
por conta de estarmos plenamente
presentes como educadores em sala
de aula.
Seymour Papert
foi companheiro
de
Jean Piaget
,
na Universidade de
Genebra, de 1958 a 1963 e
Alan Kay
,
responsável pelo que conhecemos
como
laptop
e, mais, introdutor
das discussões que chegaram ao
atual
UCA
,
são dois dos muitos que
tornaram possível uma educação
libertadora, humanista de mãos
dadas com as
NTIC
s.
Essa é a tarefa que se oferta ao
ofício de mestre, o acerto de contas
com as
NTIC
s. A partir desse acerto,
o professor, a escola, a Educação
passarão a ter mais sentido para
a construção de um ambiente de
aprendizagem em que as pessoas
serão capazes de ser livres, autoras
e autônomas para construírem seus
destinos e manterem a sobrevivência
da liberdade humana, tão duramente
conquistada por todos nós.
ANO 01 - nº 01 - SETEMBRO de 2012 - Distribuição Gratuita
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Educação e Tecnologia