Page 97 - Livro 50 anos CNEC Osorio

This is a SEO version of Livro 50 anos CNEC Osorio. Click here to view full version

« Previous Page Table of Contents Next Page »
95
Evaldo, sempre lembrado por todos, cuidava de tudo: bolas, redes,
quadra, uniforme, transporte, alojamento, alimentação e outras
tantas coisas. O baixinho da Kaiser, como era conhecido, por
sua semelhança com o ator que fazia a campanha publicitária da
conhecida cerveja. Brincávamos muito com aquela situação.
Foi tudo muito bom. Os treinos eram esperados com
entusiasmo. Os jogos eram o prêmio pela dedicação. Mas nada
superava o convívio com as atletas. É claro que existiam algumas
difculdades neste relacionamento. Mas tudo era logo superado
com muito respeito, amizade e carinho.
Não foram poucas as coisas que aprendi com minhas atletas.
Me ajudavam com dicas e soluções, com exercícios nos treinos e
até táticas para superarmos nossas adversárias nos jogos ofciais.
Nunca esquecerei de minhas atletas.
Certa vez, lá em Pelotas, no Circuito da Amizade, me
deram um susto danado. Já eram 8 horas da manhã e eu dormia
tranquilamente no alojamento, quando um bando de meninas entrou
porta adentro fazendo uma zorra total. Mais uma vez elas estavam
com a razão. Nós tínhamos o primeiro jogo da manhã. Foi muito
engraçado, mas também muito embaraçoso quando chegamos no
ginásio, quase atrasados.
Outra vez, em Osório, iríamos fazer a fnal contra o Colégio
Júlio de Castilhos. Minutos antes do início do jogo, nos reunimos
e disse ao grupo que tínhamos duas alternativas para vencermos:
”arriscar ou arriscar”. O jogo foi emocionante e chegamos na fnal
do set decisivo empatados em pontos. Pedi um tempo e troquei
o sistema usado para um bem simplifcado conhecido por 4x2
simples. As atletas se espantaram, mas os 30 segundos do tempo
pedido não permitiam muita explicação. Porém, com a disciplina
de sempre, as meninas obedeceram, e fomos campeões. Foi
muito legal aquela situação e é uma das tantas que o esporte nos
oportuniza.