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EDUCAÇÃO, MÚSICA e MEMÓRIA:
O Canto Livre do Marquês e seus 19 anos (CALIMAR)
CARLOS JAIME DALPAZ
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CLAIJIAM PIRES MORAES DALPAZ
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No momento em que celebramos, em 2011, o cinquentenário
do nascimento da CNEC em Osório e, consequentemente, os
50 anos do Instituto de Educação Cenecista Marquês de Herval,
fcamos sabendo que, a partir deste ano, todas as escolas públicas
deverão contar com o ensino de música em sua grade de disciplinas.
É o que prevê a Lei 11.769, de 18 de agosto de 2008, que alterou
outra Lei, de número 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (LDB – Lei
de Diretrizes e Bases da Educação).
Pelo que sabemos, a iniciativa de se implantar o ensino
musical nas escolas brasileiras não é novidade. Já em 1927, Heitor
Villa-Lobos desenvolveu um projeto de educação musical. Logo
depois, Getúlio Vargas tornaria obrigatório o ensino de canto das
escolas, criando inclusive o curso de pedagogia de música e canto.
Na época, o ensino musical era conhecido como Canto Orfeônico.
Isso teria durado até o fnal da década de 1960 nas escolas
brasileiras. Naquela época, promulgaram uma lei que instituiu o
ensino de artes de forma polivalente. Ou seja, nascia aquilo que
conhecemos como “Educação Artística”, e isso contribuiu para que
o ensino da música sumisse das salas de aula.
O que importa mesmo é que a música é uma das mais
antigas e valiosas formas de expressão da humanidade e está
sempre presente na vida das pessoas. Quem não tem a sua música
preferida? Segundo estudos, antes mesmo de nascermos, ainda no
útero de nossas mães, já demonstramos sensibilidade ao ambiente
sonoro e respondemos com movimentos corporais. Amúsica é vida!
Portanto, trabalhar com música na educação é verdadeiramente um
fazer artístico. Emoções, sensibilidade, disciplina são desenvolvidos
pela música.
10 Professor de História no Instituto Marquês de Herval.
11 Professora de Educação Física e Metodologia da Educação Física no
Instituto Marquês de Herval.