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MIGUEL FARIAS CALDERON
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CNEC- Professor Miguel, qual sua participação na CNEC -
Osório?
Meus primeiros contatos, em Osório, foram quando estudei
na Escola Rural, nos anos de 1969 a 1973. Fui interno e naquela
época participava dos jogos no pavilhão da CNEC, principalmente
nas olimpíadas da Semana da Pátria.
Mais tarde, comecei a lecionar na Escola Rural em 1977.
Depois fui fazer Veterinária em Bagé. Então era professor do ensino
fundamental e acadêmico do curso de veterinária. Nesta situação,
fui diretor de duas escolas em Bagé. Terminando a Faculdade,
também fz o curso de Pós-graduação em Sociologia Rural.
Depois de formado, retornei para Osório em 1983, quando fui
convidado para lecionar biologia no Colégio Marquês de Herval,
para os Cursos de Contabilidade e Administração, que funcionavam
à noite.
Neste meio tempo também assumi a direção da escola
Polivalente e a Secretaria de Cultura e Desporto e Turismo de
Osório, no entanto sem nunca me afastar das salas de aula como
professor do Marquês, até dezembro de 1987.
Nesse período, fundamos a PROFECO (Associação de
Professores Cenecistas de Osório), fui seu primeiro presidente. O
principal objetivo da associação era reivindicar melhores condições
de trabalho e salário.
CNEC- Por que foi fundada a Associação?
Miguel – Fundamos a Associação porque a Escola é
flantrópica e o pagamento da hora/aula era irrisório. Alguns
professores tinham outras fontes de renda, mas a maioria vivia do
salário de professor.
A Associação tinha como fnalidade reivindicar junto ao Setor
Local e Estadual da CNEC as condições para o funcionamento da
Escola, com o pagamento de salários e das obrigações sociais,
organização de um plano de carreira para os professores e
padronização do valor da hora/aula.
21 Diretor do Marquês de Herval por 11 anos e 16 anos de CNEC.
Entrevistador: Pascoalino Lopes Ribeiro